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Crème brûlée ou gelatina

Crème brûlée Orquídia

Faxinando meu servidor encontrei o filme “O casamento do meu melhor amigo” e me fez recordar uma cena. Em determinado ponto do filme, Julianne (Julia Roberts) tenta convencer Kimberly (Cameron Diaz) que seu amigo Michael (Dermot Mulroney) é um cara de natureza selvagem, que gosta de esporte, que não se encaixa atrás de uma escrivaninha e que portanto não daria certo com Kimberly. Para arrematar, Julianne então compara Kimberly, linda, elegante, perfeita, com Crème brûlée e diz que Michael prefere coisas simples, como gelatina!

Ficção a parte, eu prefiro algo do tipo Crème brûlée com gelatina! Nem só frescura nem só simplismo. A mistura perfeita entre o impecável e o simples. Mas nessa vida nem sempre as coisas são como queremos, então paciência!

Mas não é que um dia conheci meu Crème brûlée com rapadura? De imediato deixou a gelatina afrancesada literalmente no chinelo. A combinação não é comum, vamos admitir, mas essa pessoinha tem a beleza da mais linda orquídea e por dentro um indomável espirito selvagem, cru, singular.

Me apaixonei no primeiro dia que a vi. Seus lindos olhos castanhos, suas sobrancelhas compridas, seu cabelo castanho que envolve seu rosto perfeito e seus pequenos lábios me dizem: me beija. Seu corpo é do tipo que você joga qualquer roupa e está pronto o desfile de moda em Paris. Eu particularmente prefiro um conjuntinho leve e fino todo branco, talvez o mais simples do repertório. Pra que mais desta vida?

Mas, retomando o fio  da vida real, como disse, a vida nem sempre é como queremos. Sabe a parte do espírito indomável? Pois é, segue indomável. Meu Crème brûlée com rapadura não anda lá muito doce. Mas quem sabe!

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Palavras

Algumas frases esquecemos tão fácil e outras ficam martelando nossa cabeça por tempos.
Uma em questão por exemplo martela a minha faz meses:
– Eu me sinto tão bem, tão a vontade quando estou com você…
Dia sim, dia não, mês sim, mês não, semana sim, semana não, ela ronda as idéias.
Dai você tenta tirar a frase do contexto, tenta especular mil e um motivos pra ela não significar nada, e se convence por um tempo que essa frase não quer lhe dizer nada.
E no meio de uma noite, em meio a uma idéia no trabalho ou ate durante o almoço, eis que a frase volta a mente.
A verdade é que tem coisas que não podemos mudar e por vezes mesmo sabendo disso continuamos tentando.
E porque me lembrei disso agora? Primeiro porque ultimamente esta frase tem insistido em voltar a cabeça, e ontem eu escutei outra muito boa que me fez lembrar a primeira:
“Sei la, você conhece milhares de pessoas mas nenhuma toca você e aí você conhece uma pessoa, e sua vida muda, para sempre.” (do filme Amor e outras drogas)

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Saudades

Estou com saudades do seu sorriso, dos seus beijos, do seu jeito moleca.

Quero de volta nossas conversas, nossas saídas, nossas discussões.

Saudades dos nossos segredos, das nossas conquistas.

De dividir o pouco e o muito. De dividir o trabalho e de receber os elogios.

Saudades de dormir com você porém mais ainda de acordar com você.

De fingir estar dormindo, de fingir ter dormido.

Saudades de ouvir você me chamar de amor.

Do teu cochilo com a cabeça em meu ombro.

De deixar o braço dormente pra não te acordar.

Saudades de imaginar um futuro ao seu lado.

De imaginar como seria o casamento, e quão perfeito seria um filho.

E mesmo que esse futuro ainda estivesse bem distante,

Saudades de ter a certeza que deveria ser com você.

Se eu soubesse que em algum momento eu sentiria saudades,

Mesmo ouvindo de você: “Por que está me olhando?”

Eu assim ficaria por horas a fio, te vendo, te amando!

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Sexo e Banco Imobiliário

Banco Imobiliário

Distraído, inebriado e perdido entre seus olhos e seus seios ele não sabia em que ponto o assunto havia chegado ao sexo.

Comecei muito pesado, muito direto ao ponto? Bem, sexo é muito relativo. Eu poderia ter sido sutil e mencionado seu ‘colo’, ou poderia ter sido mais grosso e dito logo ‘peitos’. Se esta conversa fosse com minha ex ela diria com certeza que estava sendo grosso, rude e mal educado.

Mas este conversa era entre ele e Ivna.

Quando digo conversa me refiro deste ponto em diante, porque antes disto ele não recorda nada do que ela disse tamanha era sua distração. Ele com certeza ativara um recurso disponível somente a classe masculina. O dispositivo consiste em quando a conversa for menos agradável que a outra coisa, ficamos pronunciando prolongadores de papo do tipo: humrum, é, hum, verdade, com certeza, e por aí vai. Porém quando o assunto é sexo a coisa muda de figura. Ah, o sexo.

Ela contava que uma amiga estava com problemas no relacionamento pois seu companheiro aparentava não gostar muito de sexo.

– Não gosta de sexo, pergunta ele. – Todo mundo gosta de sexo.

E num tom ao bom estilo professora e um olhar desmerecedor ela explica. – Todos gostam de sexo. Como dizem, sexo até quando é ruim é bom. Mas algumas pessoas REALMENTE gostam de sexo.

– Como assim, ou gostam ou não gostam! Insiste ele tentando devolver o mesmo olhar superior sem sucesso.

– Querido, diz ela inserindo uma pausa estratégica.

Querido é uma conquista feminina. Querido quer dizer, longe do que era antigamente quando uma esposa mostrava seu afeto ao marido, que falta muito pouco para você perder até a chance de se expressar novamente. Querido virou um carinho-tapa na cara. Se você tiver o infortúnio de receber este tratamento, pisou na bola, é fato.

– Pra você me entender, sexo tem que ser como um jogo tipo WAR ou Banco Imobiliário. Completa Ivna.

– Iv, Banco Imobiliário? Aqueles jogos de tabuleiro? O que isso tem a ver com sexo?

– Simples, todos fazem sexo pelo prazer, certo? Mas e se além de prazeroso for divertido, algo que faça você não querer mais para de ‘jogar’?

-Tá, tem toda minha atenção, completa ele, já assumindo a ignorância do fato e obviamente gostando do que pode vir.

– Fofo, quando a gente gosta é divertido, a gente busca coisas novas, não fica naquele arroz com feijão, entende?

– Brinca com o corpo do parceiro e com o seu próprio. O prazer vai rolar de todo jeito.

– E tem mais, você apreende com o jogo. Com a prática você vai descobrindo o que funciona e o que não. Inclusive o que funciona com um ‘adversário’ e não funciona com outro. Tem gente que faz sexo rotineiro com mais de uma pessoa, desculpa ae! Emenda ela soltando um sorriso irônico.

– Sim, mas e tem algum truque pro sexo ficar mais gostoso? Pergunta ele, querendo apimentar o nível da conversa.

– Fofo. Pra isso você digita no Google: apimentar a relação, que vão aparecer milhões de sugestões. Não sou professora de sexo, ok? Agora uma coisa eu digo, se você realmente gosta de sexo, você nasceu com isso. Porque isso não se aprende.

– Admito até que alguém possa ter nascido com essa sede e não tenha se descoberto ainda, mas se não nasceu, você vai continuar apenas fazendo sexo até o fim dos seus dias. Completa ela em tom de fim de papo.

– Bom, eu gosto muito de sexo, e acho que gosto mais a cada dia, argumenta ele, querendo manter-se vivo na conversa e nas possibilidades que podem vir dela.

– Talvez você esteja se descobrindo, ameniza Ivna, dando um fio de esperança ao rapaz e tomando um gole da sua saquerinha.

– Você se enquadra nessa lista dos que realmente gostam de sexo? Pergunta ele.

– Querido, eu aaaaaamo sexo. Essa historia de passar meses sem nada como algumas amigas dizem passar pra mim é incogitável!

– Então quem sabe a gente podia jogar um ‘Banco Imobiliário’ e atestar nossos conhecimentos no assunto, diz ele já escolhendo mentalmente o motel.

– NÃO!

Ivna é para poucos!

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Um dia quase qualquer

Meus patrões viajando e assumo como de costume interinamente o comando da empresa. O primeiro dia foi tão comum e corrido que mal vi passar e eis que chega a noite. Ainda no trabalho começam as ofertas de uma sexta-feira de farra.

Alias, o inconveniente de se ter vários amigos e amigas farristas é que se você aceitar o convite de cada um uma única vez no mês ainda assim acaba saindo todos os dias. Isso me lembra uma conversa sobre saídas após o trabalho. – Vamos tomar uma hoje? pergunta um colega. – Hoje ainda é segunda. Vamos amanhã! Responde o outro. Claro, deduzo eu, segunda é início da semana, já terça é quase fim de semana!

Porém chego em casa e o peso das horas em pé e a obrigação de levantar cedo no outro dia me faz repensar a idéia de sair pra farra. E caso ainda não estivesse convencido, ela, a dona do meu juízo me liga. Negociamos brevemente uma saída mas acabamos por passar um tempo apenas jogando conversa fora ao telefone. Ela me pede uma peça que viu num bazar e prometo pensar na ideia. Se por uma lado faze-la feliz é tudo que quero, por outro lado imagina-la vestida na peça é demais para meu fraco coração! Papo vai, papo vem e como que por mágica, todo o estresse e cansaço do dia simplesmente desaparecem. Como é bom escutar a sua voz! Acabo dormindo como um bebê e fatalmente sua presença habita meus sonhos.

Quinze pras seis da manhã e acordo sem despertador. O que a responsabilidade e uma noite tranquila não fazem. Antes das 7 já estou a caminho do trabalho e na ida tudo parece novo. O engarrafamento diário que coloco a cargo da minha amada prefeita praticamente não existe. Ela que diz que optou pelo social em detrimento a infraestrutura da cidade. Eu particularmente não vejo nem um nem outro, mas isso é outro assunto. Nas ruas apenas poucos carros, algumas pessoas fazendo cooper em um clima fresco por conta da época chuvosa e do horário.

Distraído nem percebo que havia deixado o rádio numa FM popular na noite anterior e quando menos espero estou escutando Mulher Pequena de Roberto Carlos. Abro aqui um parêntesis para dizer que não tenho nada contra o rei, mas honestamente o que define uma canção brega do resto das canções é nada mais nada menos que a personalidade do cantor. Mulher Pequena cantada pelo rei é uma canção romântica, na voz de Reginaldo Rossi seria um brega e nas vozes de Simara e Simone do Forró do Muído seria um forró apelativo sem mexer uma palavra sequer na letra.

Quando a gente acha que a coisa não pode piorar sempre piora não é? A manhã do sábado foi infernal e dentre vários problemas, desavenças com colaboradores são especialmente chatos. Questionado por um deles sobre a maneira como conduzo determinadas situações não me restou alternativa senão invocar a seguinte frase: “O diretor é gordo, eu sou magro, o diretor é feio, eu sou bonito (um certo humor ajuda a engolir o sapo que vem a seguir), o diretor faz do jeito dele, eu faço do meu. Quem tiver alguma objeção que o impeça de trabalhar deste modo pode passar no departamento pessoal munido da carteira de trabalho.”

Dito isto a coisa começou e voltar a normalidade aos poucos. Eu costumo dizer que sapos é um menu universal, todos servem, todos engolem. Passa-se a manhã e mais um dia de trabalho chega ao fim. Tento ligar para minha pequena sem sucesso. Por uma lado melhor, poupei-me o trabalho de resolver sobre o presente, pelo menos por hora!

Acabo cedendo ao Rei, e recorro ao brega. “Gosto de você pequena, esse beijo me alucina. Coisa de mulher gostosa, com um jeito de menina. Ai, ai, ai, essa voz doce e serena, essa coisa delicada, coisa de mulher pequena”. Quem não tem seu lado brega?

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Insensato

Se tudo o que faço é por você, até meus injustificáveis erros são meras demonstrações do meu afeto.

Enquanto o tempo e algumas diferenças nos afastam, a certeza de ser você me mantém proximo.

Quem não atrapalha já ajuda muito este relacionamento difícil.

E se hora tudo parece estranho e mal encaminhado,

Quem sabe o proprio tempo não se encarregará de acertar.

O perdido só precisa de uma placa para encontrar seu caminho.

Eu só preciso de um gesto para me reencontrar com você

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Pequena

Princesa

Pequena como menina, grande como mulher. Pequenas porções de ilusão para um coração exagerado. Pequenas chances de dar certo, não?

O que tem esta menina que põe por terra mulheres de todas as cores, de várias idades e tantos amores? O que esconde com seu feitio que faz o improvável ser buscado e o impossível ser relativizado?

A leiga mais interessante que a sábia. Olha-me e sem pronunciar uma palavra, diz: Decíframe ou não te devoro. E o dono de todos os manuais e teorias cai por terra sem conhecimento.

Ela devolve a graça da conquista. Devolve o sonho de tornar uma pessoa única e especial. Me faz procurar semelhanças em letras de canções. Apaixonado.

Linda como uma flor, mas nega, modesta, a sua beleza. Desconhece o poder que exerce? Ah, pequena! Quien sabe un dia al viento las campanas dirán que ya eres mía!

(no texto, parafraseando Cazuza, Martinho da Vila e Luiz Miguel)
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O tolo

Incrivelmente lindaHouve um tempo em que eu era um tolo. Começou acredito que quando nasci e durou até… bem, na verdade ainda não acabou!
Conheci Julia através de um cliente amigo. Lembro-me da foto, uma morena linda com um gorrinho de cores africanas na cabeça. Era toda sapeca, cabelos longos e negros e olhos verdes. Com pouco tempo ficamos amigos e conversávamos frequentemente pelo computador. E a conversa foi, aos poucos, mudando de trabalho pra social, de social pra indiretas e das indiretas pras diretas.
Na época eu namorava uma pessoa há um bom tempo e Julia era para mim como um por do sol. Daqueles que a gente gosta de admirar, de perder certo tempo com ele, mas sem pretensões de tornar-se parte. Feliz e satisfeito apenas pelo fato dela existir. Mas o tempo foi passando e ela começou a mexer com minhas certezas. Por vezes duvidava da solidez do meu relacionamento. Até o dia em que ficamos juntos pela primeira vez. A partir daí as coisas começaram a tomar o rumo do errado, do incerto e como o futuro iria mostrar, do fim.
Ainda guardo algumas cenas em minha mente. Certa noite fiquei admirando seu corpo moreno, liso e aveludado como um pêssego deitado sobre a cama. Julia era inacreditavelmente linda. Quem diria que aquela pequena ali deitada era muito mais que inexperientes olhos podiam ver. Moleca, safada, ela era também muito insegura e imatura, e eu um tolo, igualmente imaturo e indeciso. Nos anos que estivemos juntos, uma imensidão de sentimentos aflorou. Por vezes, eu me afastava e ela me procurava, outras ela se afastava e eu a procurava. Houve épocas em que ela namorava outra pessoa e se distanciava e outras na qual quem fazia isso era eu. Certa vez ela brincou: – Será que daqui a alguns anos, depois de rodarmos por aí, ficaremos juntos, bem velhinhos?
E nestas idas e vindas, encontros e desencontros, a vida foi nos separando e cada um tomou seu rumo. Não sei ao certo quando tudo terminou. Foi uma transição imperceptível até que um belo dia nós já não tínhamos nada a ver um com o outro. Hoje, Julia está casada e é mãe de um lindo garotinho e eu, depois de tantos anos, de tantas outras Julias, arrisco-me a descrevê-la como a mulher da minha vida. O amor da minha vida. Isto é, existe na verdade esta pessoa? Ela é sempre única e imutável? Ou vários atores tornam-se por tempos este personagem? Realmente ainda não sei. Talvez um dia saiba ou quem sabe não. Continuo um tolo, sem saber.

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Louco

Distraído em meio ao trabalho não noto quando seu “nick” entra em meio a lista do meu MSN. Talvez ela até já estivesse on-line. São quase 19h quando ela me chama. – Você ainda está ai? Pergunta ela. Não vou mentir que pensei em responder algo do tipo, “esperando você” ou “só estou pra você”, mas me contive e apenas informei o que fazia até aquela hora no trabalho. Depois de um papo curto, ficamos de sair pra jantar se não ficasse muito tarde. Nada certo.

Já em casa, a idéia do jantar me pareceu pouco provável e acabei comendo algo por ali mesmo e me deitei pra ver TV. Porém, quando já eram quase nove, uma mensagem chega com o intuito de formalizar o jantar pré-combinado. É fato que já havia jantado, mas como sua companhia é sempre tentadora e meu juízo pequeno, resolvi ir.

Chegando ao restaurante, aguardei por alguns minutos até ter sua companhia. Enquanto bebericava uma caipirinha o telefone toca. A cabeça dá meia volta e lá vem ela. Um sorriso de menina sapeca, num corpo mulher, vestida seriamente para fazer jus ao posto que ocupa. Indecisa sobre a posição na mesa, acaba por sentar-se ao meu lado. Fica até mais próxima que frente a frente, separados pela mesa, mas perde-se aquele olho no olho. Enquanto conversamos tenho certeza que nossos pensamentos processam idéias diferentes. Ela me conta, detalhadamente, seus últimos dias e enquanto isso meu pensamento viaja, bem longe.

Os pratos demoram a chegar e entre uma conversa e outra eu não consigo deixar de brincar com nosso relacionamento e suas possibilidades. Ela, como sempre, desconversa. Depois de algum tempo, uma chuva nos faz mudar de lugar. A nova mesa, menor, nos coloca de frente um para o outro. A esta altura eu provavelmente já não disfarço meu desejo. Olho seu rosto e vou descendo, vendo cada pedaço de seu corpo acima da mesa. Somo o pouco que a roupa não esconde com imagens de seu corpo nu que guardo na memória. Centímetro a centímetro, seu corpo é moldado na minha cabeça. Por vezes disfarço a falta de atenção com um jogo que se passa numa TV próxima.

O tempo passa, e meu tempo acaba. É tarde, e estamos no meio da semana. Volto pra casa, me perguntando o que me faz repetir estas coisas. O que me tira de casa pra encontrar uma pessoa que me provoca mais que tudo e a troco de nada. Não preciso muito tempo pra chegar à mesma resposta de sempre. Prazer. Acredito que algumas pessoas podem até achar estranho, mas o prazer de sua companhia é maior que muitas coisas. Sexo? Ah, com certeza é e seria novamente fantástico, mas prefiro estes jogos inacabados ante a sua total ausência.

Sofro de loucura? Não, desfruto dela a cada minuto!