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Anjos, fadas e sapos

Todo dia, acredite você ou não, nossa vida recebe intervenções de bem ou de mal. Confesso que sou incrédulo sobre coisas que não posso palpar, não sou esotérico nem nada parecido mas tenho que admitir que durante minha vida alguns anjos, fadas e sapos mudaram minha maneira de pensar ou agir.

Um anjo me ensinou que querer não é sempre ter. Que ter não significa pra sempre. E que as vezes chegamos tarde as estações da vida e outras pessoas embarcaram no vagão que por alguns instantes acreditamos ser o nosso. Me ensinou que desejar muitas vezes é tão ou mais satisfatório que possuir, e que assim como o possuir não é pra sempre o não ter também pode ter prazo de validade.

Já uma fada me ensinou a buscar a felicidade onde quer que ela esteja. Me mostrou através dela mesma que esse é o melhor caminho. Me ensinou a verdade. Seja me dando um bronca ou me destruindo moralmente com palavras pela manha e dormindo comigo a noite, me provou que o que importa é a verdade. Se eu precisava ouvir o que me foi dito e se era eu o que ela desejava pouco depois pra que um meio termo, meias palavras, meias verdades?

Os sapos? São os bons amigos. Aqueles que posso passar anos sem ver, mas como uma semente guardo como um bem imensuravelmente valioso. O sapo tem o dom de pular bem na sua frente quando você menos espera, quando todos os outros se foram. Pra emprestar um real, um carro, um ombro ou um ouvido.

A meu anjo, minha fada e meus sapos eu procuro retribuir tudo de bom que eles já me proporcionaram, porque tudo que já fiz ou venha a fazer, ainda me deixa aquém de uma eterna dívida para com eles.

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Pequena

Princesa

Pequena como menina, grande como mulher. Pequenas porções de ilusão para um coração exagerado. Pequenas chances de dar certo, não?

O que tem esta menina que põe por terra mulheres de todas as cores, de várias idades e tantos amores? O que esconde com seu feitio que faz o improvável ser buscado e o impossível ser relativizado?

A leiga mais interessante que a sábia. Olha-me e sem pronunciar uma palavra, diz: Decíframe ou não te devoro. E o dono de todos os manuais e teorias cai por terra sem conhecimento.

Ela devolve a graça da conquista. Devolve o sonho de tornar uma pessoa única e especial. Me faz procurar semelhanças em letras de canções. Apaixonado.

Linda como uma flor, mas nega, modesta, a sua beleza. Desconhece o poder que exerce? Ah, pequena! Quien sabe un dia al viento las campanas dirán que ya eres mía!

(no texto, parafraseando Cazuza, Martinho da Vila e Luiz Miguel)